e a lebre?

(mas enquanto por cá ando, vou-me entretendo a conhecer as redondezas. No fim-de-semana aluguei uma bicla e fui dar uma voltinha. Nada de cobras ameaçadoras. Só esta tartaruga tão fofinha)

Hasta la vista!

Estou quase a ir-me daqui. Não tarda nada estou a meter a chave na porta. Não tarda nada estou a começar a matar as saudades todas. Que elas são grandes e muitas.
Nunca mais é Sábado, pá!

Fofinhices

Antes de mais convém assumir-me: sou um bocadinho consumista.

Dito isto, como qualquer consumista que se preze, gosto dos miminhos todos das senhoras (e senhores, que isto é um blog equalitário) das lojas.

Houve uma altura em que trabalhava ali para os lados do Saldanha. E naqueles dias em que saía do trabalho assim mais para o tardote - que na altura eram muitos - lá dava eu o meu passeio higiénico até à Lanidor do Residence. E a senhora, simpática que só ela, dizia-me sempre à entrada: Olá C.! Tudo bem? Hoje vem mais cedo/mais tarde/mais cansada... etc. Ora como é que uma pessoa resiste a isto? Não resiste não é, e toca de arcar com mais um vestido, que dá sempre jeito! A coisa chegou ao ponto de me oferecerem prendas quando eu estive um ano a estudar fora.

Ora onde é que esta conversa toda leva... Leva a que nos meus anos (que não interessa nada quantos são) o R. me ofereceu um fitbit. Para quem não faz a mais pequena ideia do que isto é, está tudo dito aqui. E não é que achei tanta piada ao bichinho que, santa como sou, lhe resolvi comprar um para ele também. 

Foram saltos de alegria e felicidade assim que o recebeu e uma hora depois o raio do bicho estava a 800 rpm e 40ºC, juntamente com toda a roupa escura. É que o sacana é pequenino, e olha... escapou-se. 

Depois de muita tristeza sem fim, arroz (não sei quem inventou este mito, mas não funciona), secador, sol, vento, congelador e todas as outras  soluções que o google achou que faziam sentido (ou nem por isso, mas já agora tentamos), muito pesaroso, o R. lá escreveu um mailzito à fitbit, a explicar o sucedido e a perguntar que técnicas de reanimação é que haviam lá nos States, que ainda não tinham chegado cá. E não é que os senhores fitbits, comovidos com tamanha tristeza sem fim, lhe enviaram um novo. À borlix! Tenho a dizer que isto sim, é um customer service com pinta. Quase, quase, ao nível da senhora da Lanidor.

Ora desde que cá estou nos States tenho abusado um bocadinho das compras online. A verdade é que estou aqui perdida no fim do mundo, onde a loja mais próxima fica a 30 min de carro, e uma pessoa precisa de incentivos para trabalhar (eu avisei que era consumista).

A última compra foram uns sapatos giros, mas giros, que estavam com 60%. Ora, quem é que resiste a sapatos, ainda por cima a 60%? (tenho a acrescentar que estes nem eram para mim, eram para os delicados pés da minha mãezinha, que por sorte calça quase o mesmo número que eu). Os ditos deviam ter chegado no dia 25, e efectivamente os senhores da UPS dizem lá no site que foram entregues.Mas cadê? Aqui por Durham-perdeu-as-botas, não há quem os tenha visto. Lá ligo eu para a Amazon, explico a situação, e não é que os senhores Amazon disseram logo que não havia problema nenhum, que iam enviar uma substituição em express mail e que amanhã já cá deviam estar! Nem uma perguntinha para ver se eu lhes estava a tentar dar a volta e ficar com dois pares de sapatos. Impecs.

Enfim, resta-me atribuir um prémio ex aequo de "fofinhice para com os clientes" para a fitbit e Amazon (mas ainda um bocadinho longe da senhora da Lanidor).

E entretanto, vou aproveitar e ver como param as modas cá do sítio...

Snake update

Pois que ontem fomos passear. Apanhar um arzinho do campo, conhecer as redondezas. Tudo muito bonito, qual Heidi nas montanhas, até que de repente o caminho se começou a mexer. Ou melhor, apareceu o raio de uma cobra gigantesca, aterradora, sanguinária para me devorar (ou isso, ou uma cobra pequenina no meio do caminho, mas isso são pormenores). Só sei que cravei as unhas com força no braço do R. e comecei a hiperventilar como se não houvesse amahã. Não foi bonito. Mas em minha defesa não gritei, não fugi, nem chorei (nem um bocadinho)! Continuei ali a hiperventilar, respirei fundo assim que consegui, a bicha foi-se embora e nós seguimos caminho.
Há fotos do evento, porque o R. achou muito giro deixar-me para ali em sofrimento atroz e ir tirar fotografias ao raio do animal "tão fófinho". Mas decididamente não queremos conspurcar o blog com este tipo de imagens.

E eu estou um bocadinho orgulhosa por não ter começado a correr que nem uma louca :)

And it makes (at least) two of us, Indiana Jones!

Tenho pânico, pavor, nojo, medo, arrepios, suores frios e todos os afins, quando vejo, penso, pressinto, sonho, com cobras.
Independentemente do tamanho, família, género, espécie (e subespécie). São todas criaturas do demónio, que só existem para estragar lindos passeios no campo.
Como disse no post anterior, estou há mais ou menos 2 meses aqui em Durham. E não é que hoje os meus olhos se deparam com este artigo.
Medo!
Estou seriamente a ponderar fechar-me no quarto do hotel e só sair de lá direitinha para o avião. E pôr uma coisa pesada na tampa da sanita, que eu cá acredito que estas pérfidas são bem capazes de serpentear-se por 9 pisos de canalização.

(e enquanto ando a tentar informar-me na blogosfera, essa fonte fidedigna de informação, sobre este mal que assola a humanidade, dou com este comentário: "i hate whales, so i understand [your fear for snakes]". Are you effing crazy? as baleias não só são fofinhas, como andam lá felizes, na casinha delas, com vista para o mar. Não se multiplicam pelos campos e florestas deste mundo, qual colónia de gremlins desenfreados! Não, decididamente, não é a mesma coisa!)

I'm back

Eu sei que já foi há uma eternidade que escrevi aqui alguma coisa. Mea culpa.
Mas é que isto dos blogs é um bocadinho como na vida "à séria": às vezes apetece partilhar tudo e mais alguma coisa, e noutras ficamos tipo concha, com tudo cá dentro, e não há nada para ninguém :)

Mas, I'm back! E no outro lado do Atlântico, por isso o inglês é mais do que apropriado. De um dia para o outro recebi um convite para vir fazer um projecto nos istates, et voilá, aqui estou eu, em Durham, NC, uma cidadezinha pequenina, ao pé de onde Judas perdeu as botas.

E a verdade é que apesar da distância (longe que se farta!) e da diferença horária (5h!!! - quando acordo, já toda a gente está rabugenta com meio dia de trabalho em cima, e quando saio do trabalho, cheia de vontade de tagarelar, estão todos a ressonar para o outro lado...), está a ser uma experiência bem gira.

Desde que cá estou já fui a Baltimore (é tipo meca para os maluquinhos de baseball), a Washington (e adorei. uma das cidades mais bonitas onde já estive) e a NY (eu sei que não parece bem dizer que não se adora... eu cá gostei, mas tem demasiadas pessoas e prédios grandes para o meu gosto :) ). Mas vou ter de fazer render um bocadinho o peixe e mostrar as pics todas noutros posts!

E como é fim-de-semana....

... temos direito a docinho!
Como tínhamos visitas para o almoço de Sábado fiz este doce que toda a gente adora:

Receita aqui

E para nos aconchegar o final de tarde, depois de um passeio a pé por Lisboa, fiz um bolo de laranja  óptimo:

A receita veio daqui, mas acrescentei sementes de papoila, que ficam sempre deliciosas em bolos de laranja ou limão